segunda-feira, 26 de abril de 2010

Neuromarketing

O neuromarketing surgiu no final da década de 90 através de estudos académicos realizados por um grupo de investigadores nos Estados Unidos. Um desses investigadores, Gerald Zaltman, médico e investigador da universidade norte-americana de Harvard, teve a ideia de usar aparelhos de ressonância magnética (IRMF) para estudar o comportamento dos consumidores.
Trata-se de um novo campo do marketing que estuda a essência do comportamento do consumidor. Consiste numa união entre o marketing e a ciência e é cada vez mais importante para o entendimento da lógica de consumo. Visa entender os desejos, impulsos e motivações das pessoas através do estudo das reacções neurológicas a determinados estímulos externos.
Em Outubro de 2004, o cientista Read Montague, publicou uma pesquisa científica no jornal académico Neuron, da Baylor College of Medicine, em Houston no Texas. Montague e a sua equipa aplicaram uma série de testes num grupo de 67 pessoas. No primeiro teste, o grupo bebeu amostras de Pepsi e Coca-Cola sem identificação. Quando questionados sobre qual era o melhor refrigerante os consumidores não tiveram dúvidas em eleger a Pepsi.
No segundo teste, e já com as bebidas devidamente identificadas, a preferência dos consumidores flectiu para a Coca-Cola. Para este teste foi utilizado um equipamento de ressonância magnética que fotografava o cérebro dos consumidores durante a pesquisa. A conclusão do artigo é a de que partes diferentes do cérebro foram activadas durante cada resposta. Quando os consumidores sabiam que estavam a beber Coca-Cola, as funções mais racionais do cérebro eram activadas, a partir de uma região chamada de córtex medial pré-frontal. Já quando bebiam Pepsi, sem identificação do produto, eram accionadas as partes ligadas ao controlo da satisfação e do prazer. A grande conclusão a que se chegou com esta experiência foi que as marcas de facto têm influência nas mentes dos consumidores.
A ciência já tinha sido utilizada pela publicidade anteriormente, no desenvolvimento de sensores para acompanhar o movimento dos olhos, monitorizando os movimentos que a pupila percorria ao observar uma imagem. Este estudo permitiu aos designers definir qual o melhor posicionamento para um anúncio e também como torná-lo mais atraente.
Segundo um estudo do Online Journalism Review (entidade que publica recomendações sobre como organizar informação em sites) quando as mulheres olham para uma fotografia de uma pessoa num site, estas focam-se essencialmente no seu rosto, ao passo que os homens apesar de também olharem para o rosto fixam-se também na região genital.

Vantagens
- Permite descobrir que sentimento uma campanha desperta nos consumidores, possibilitando dessa forma às empresas definir qual a melhor forma para atingir os consumidores e persuadi-los;
- Fonte de pesquisa mais fiável que os questionários, pois nestes as respostas podem nem sempre ser sinceras;

Desvantagens
- Facto de o Neuromarketing não ser ainda uma técnica 100% fiável, uma que vez que as emoções pessoais e sócio-culturais também têm influência influência no comportamento dos consumidores;
-Impossibilidade de prever as mudanças de comportamento;
-Custos deste tipo de pesquisa;

Fontes:
http://casadogalo.com/neuromarketing-e-os-neuronios-do-consumismo
http://www.elojas.com.pt/artigos/neuromarketing-o-que-significa
http://www.mundodomarketing.com.br/10,3549,neuromarketing-entenda-a-ciencia-que-estuda-a-mente-do-consumidor.htm

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