segunda-feira, 26 de abril de 2010

Marketing de Guerrilha

O Marketing de Guerrilha é uma das técnicas de marketing que ganha cada vez mais destaque no mercado. Com custos bem mais reduzidos que os da publicidade tradicional, é uma boa alternativa de divulgação para empresas e marcas com recursos financeiros limitados.
Segundo Jay Conrad Levinson, autor do livro “Guerrilla Marketing”, esta técnica serve-se de formas não convencionais para realizar acções de marketing com orçamentos reduzidos.
O objectivo desta técnica é o de chamar a atenção pela diferença. Através de eventos que atraiam os públicos alvo e a comunicação social (por ex: ganhando espaços nos telejornais) conseguem contornar a saturação e o congestionamento dos mercados. Uma das grandes vantagens do marketing de guerrilha é o facto de se diferenciar da publicidade tradicional (TV, Rádio, Outdoor, Revistas, Jornais, entre outros) criando experiências capazes de gerar um envolvimento entre as marcas e os consumidores.
Os consumidores podem participar nas acções e interagir. No fundo trata-se de um diálogo que se estabelece entre as marcas/empresas e os consumidores que, ao contrário dos meios tradicionais, se torna bilateral.
Para desenvolver uma acção de marketing de guerrilha a empresa/marca deverá ter a capacidade de criar uma experiência que capte a atenção dos consumidores e os faça questionarem-se sobre o que se está a passar , utilizando como principais armas a agilidade, a ousadia, a inteligência, a criatividade e a surpresa.

Vantagens

Podemos então afirmar que o marketing de guerrilha se apoia em duas vantagens fundamentais:
- O facto de não promover as campanhas nos canais de comunicação tradicionais onde concorrem as grandes empresas;
- E a utilização de poucos recursos (tempo, dinheiro).

Visto que as sociedades actuais se encontram saturadas em termos de comunicação - nos Estados Unidos, cada consumidor é atingido diariamente por cerca de 1.500 mensagens comerciais - as grandes empresas utilizam cada vez mais o Marketing de Guerrilha no seu mix de comunicação para diversos fins:
-atingir emocionalmente os públicos-alvo e as suas mentes trazendo uma determinada atitude para suas marcas (posicionar a marca na rua, lado a lado com o seu consumidor);
-utilizar meios alternativos com a intenção de combater a fragmentação causada pela quantidade excessiva de anúncios, o que diminui a eficiência de cada peça publicitária individualmente e aumenta o risco de ser ignorado.

Neste sentido, as grandes multinacionais que dispõem de budgets elevados, encaram o Marketing de Guerrilha como uma forma de aumentar a sua notoriedade, fugindo às estratégias de marketing tradicional actualmente saturam o mercado da comunicação.

Desvantagens

As acções de Marketing de Guerrilha, quando mal executadas, podem facilmente ser apelidadas de “terroristas”, dependendo da sua agressividade e da forma como os públicos as percepcionam e interpretam. Estas iniciativas devem, portanto, ser muito bem pensadas e realizadas com todo cuidado para passar sempre uma imagem positiva, posicionando a marca em questão de maneira positiva e original. Caso contrário o Marketing de Guerrilha pode facilmente transformar-se em Terrorismo de Marketing, e a percepção do público-alvo será negativa, podendo mesmo criar aversão ou antipatia pela marca.

É importante referir que a utilização de ideias originais em ataques-surpresa pode fazer com que os erros sejam identificadas só depois de serem conhecidos pelo público. Por exemplo, a Mattel, fabricante da Barbie, pintou uma rua toda de cor-de-rosa para promover a boneca. A acção claramente irritou os moradores. Os consumidores sentiram que o seu espaço fora invadido, tendo a acção tido o efeito oposto ao pretendido.

Exemplos

Em Nova York, cerca de oito mil carteiras foram espalhadas nas calçadas de Manhanttan. Em vez de conterem dinheiro, cheques ou documentos, os curiosos de Nova York encontraram dentro das carteiras um cartão com uma mensagem e o endereço do site CharityCounts.com, criado para receber doações para instituições de caridade.

Também em Nova York um comboio de 20 carros praticamente destruídos e a deitarem fumo passearam-se pelas ruas da cidade para promover o lançamento de um jogo de computador de perseguição de carros, o Driver 2.



Fontes:
http://marketingdeguerrilha.wordpress.com/
http://br.br101.org/marketing-de-guerrilha.html
http://www.guerrilhaemcriciuma.com/?page_id=141
http://www.slingshot.online.pt/marketing-de-guerrilha-slingshotonlinept

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